quarta-feira, 29 de setembro de 2010

486. Escovar os dentes diminui risco de doenças cardiovasculares

Escovar regularmente os dentes diminui o risco de doenças cardiovasculares, de acordo com um estudo realizado na Escócia. Os pesquisadores garantem que as pessoas que raramente, ou nunca escovavam seus dentes, apresentavam um risco relativo 70% maior de sofrer um infarto do miocárdio ou outra complicação cardiovascular, mesmo após o ajuste para outros fatores de risco cardiovascular. Mesmo os indivíduos que escovavam os dentes apenas uma vez ao dia, ao invés de duas vezes ou mais, apresenavam um risco relativo 30% menor desses eventos cadiovasculares fatais ou não.
A inflamação periodontal, que é a gengivite, favorece o desenvolvimento da aterosclerose, formação de placas de gordura na parede das artérias do coração. Cerca de 40% da população tem algum grau de doença periodontal, uma doença crônica inflamatória complexa, em grande parte causada por má higiene bucal.
Os especialistas dizem que promover a saúde bucal pode ser uma medida efetiva no sentido de prevenir as doenças cardiovasculares.

domingo, 19 de setembro de 2010

484. Alliance for a Cavity-Free Future


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A Aliança para um futuro livre de cárie dentária é formada por um grupo mundial de especialistas que se uniram para promover uma acção integrada de saúde pública e clínica, a fim de evitar e eliminar a cárie, avançando para um futuro livre de cáries dentárias em todas as faixas etárias.
Globalmente, o grupo acredita que uma acção global de colaboração é necessária para desafiar os líderes mundiais e outros intervenientes regionais e locais para a necessidade de alertar a importância da cárie como factor indutor da doença e de participar em acções que promovam a prevenção da cárie, permitindo uma gestão global que possa influenciar positivamente o problema permanente da cárie.
Dado o objectivo de conduzir uma acção de colaboração global, a Aliança pretende fazer parcerias globais, regionais ou locais, envolvendo líderes políticos e comunitários, profissionais da saúde e saúde oral, de educação e o público em geral.
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ENTIDADES PROMOTORAS






  • quarta-feira, 15 de setembro de 2010

    483. Escolas açorianas mais saudáveis

    A Direcção Regional da Saúde deu hoje início, em Ponta Delgada, à primeira de três acções de formação na área da saúde em meio escolar, numa parceria com a Direcção Regional da Educação. De acordo com a Directora Regional de Saúde, Sofia Duarte, esta acção de formação pretende dotar as equipas técnicas de saúde das competências necessárias para identificar potenciais desafios no meio escolar.
    Este programa, que tem por objectivo a promoção da saúde e estilos de vida saudáveis, abrange diversas áreas como a alimentação, a saúde oral, o exercício físico, a prevenção do consumo de substâncias lícitas e ilícitas, bem como a gestão de stress dos jovens em ambiente escolar. Sofia Duarte garantiu que o projecto é de extrema importância, uma vez que será realizado um exame físico obrigatório a todos os alunos entre os cinco e os seis anos e dos 11 aos 13 anos. Esta consulta médica escolar pretende fazer uma avaliação da capacidade e desenvolvimento físico da criança e do jovem, ao nível da visão, audição, saúde oral, postura e linguagem, em que os resultados serão registados no Boletim de Saúde Infantil e Juvenil, que integra uma plataforma de registo com todos os dados do aluno.
    Neste contexto, sempre que seja detectado alguma situação de negligência ou necessidade de acompanhamento especial, a equipa de saúde escolar procederá à integração do aluno ou ao encaminhamento para os serviços competentes.
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    Este exemplo deveria ser aplicado em todo o país. Haja coragem política e assuma-me a vontade de fazer mais e melhor pelas crianças e jovens; serão eles a futura geração deste país.
    Para quando um Boletim de Saúde Oral para todas as crianças e jovens de Portugal?
    É bom que se diga que poucas ou nenhumas saudades existem actualmente das políticas de extermínio dos serviços públicos essenciais efectuados pelos últimos governos e que têm contribuído para o agravamento notável no acesso da maior parte da população aos cuidados de saúde primários, incluindo a saúde oral.

    sexta-feira, 10 de setembro de 2010

    482. Dentistas e líderes mundiais em saúde pública assinam compromisso para combater a cárie dentária no mundo

    A cárie dentária é a doença crónica mais comum no planeta, afectando cerca de cinco mil milhões de pessoas, o equivalente a 80% da população mundial. Para solucionar esta questão, especialistas de todo o mundo estão-se a mobilizar, através de uma Aliança Global Por Um Futuro Livre de Cárie, para definir estratégias, metas e implantar programas que ajudem a combater a cárie no mundo.
    Um passo importante nessa direcção foi dado durante o Congresso Mundial de Odontologia FDI 2010, que aconteceu este mês na cidade de Salvador (Brasil). Durante o evento, líderes mundiais em saúde oral assinaram um acordo para a implantação de programas abrangentes de prevenção e gestão da cárie no mundo. Entre os participantes estiveram representantes da Organização Mundial de Saúde (OMS), Organização Panamericana de Saúde, Federação Dentária Internacional (FDI), Associação Internacional de Pesquisa Dental (IADR) e a Associação Brasileira de Odontologia (ABO), bem como os principais especialistas em saúde dental e autoridades públicas do Brasil e de outros países.
    A Aliança Global é formada por um grupo mundial de especialistas em odontologia e saúde pública que defendem a importância da cárie ser entendida como uma doença contínua que requer prevenção e controlo abrangentes para que a sua progressão seja interrompida no mundo e se possa caminhar em direcção a um futuro sem cárie.
    Segundo Dr. Roberto Vianna professor associado da UFRJ e presidente da FDI, a cárie dentária é um problema global que causa efeitos nocivos à saúde, à sociedade e à economia. “Apesar dos progressos feitos em prevenção e tratamento, a cárie ainda é uma epidemia negligenciada em muitos países”, ressalta o especialista.
    Acompanhando a tendência de mudanças nos padrões alimentares em todo o mundo, alguns países lutam para impedir o crescimento e a prevalência da cárie na população. Essas mudanças de hábitos resultam na diminuição dos cuidados com a saúde bucal, além de impactar em outras questões de saúde, reduzir a qualidade de vida, a auto-estima, a empregabilidade e a mobilidade social.
    “Do ponto de vista económico, nos últimos anos, a incidência de cárie tem aumentado significantemente, ligada as desigualdades sociais, afectando a produtividade das pessoas e impactando o crescimento dos países”, assinala o especialista.
    Como um dos primeiros passos, a Aliança Global prevê aumentar a consciencialização sobre o problema da cárie, inclusive sobre o seu impacto económico e social, por meio do lançamento de uma campanha de saúde pública. Esta campanha deverá intensificar o compromisso internacional por meio da assinatura formal de uma declaração de saúde pública e revelar ferramentas online que permitam uma nova abordagem para o problema.
    A cárie é uma doença infecto-contagiosa que pode resultar na destruição e perda dos dentes, caso não seja tratada. É provocada pela proliferação de bactérias e outros factores determinantes, como resíduos alimentares que permanecem na boca. Uma das formas mais eficazes de evitar a cárie é a prevenção.
    Novo recurso na internet para Profissionais e Comunidades – A primeira iniciativa realizada pela Aliança Global Por Um Futuro Livre de Cárie é um recurso online gratuito que oferece aos profissionais e comunidades, ferramentas baseadas em evidências e materiais de apoio (ex. estudos de caso, análises sistemáticas) para a acção local. A meta do website é oferecer subsídio para que comunidades, grupos e indivíduos comprometidos possam combater a cárie, além de ser uma plataforma para mobilizar recursos, compartilhar melhores práticas e entrar em contacto com outros stakeholders.
    “Embora existam muitas ferramentas e fontes de informação para orientar no desenvolvimento de intervenções contra a cárie; nós aprovamos a análise baseada em evidências, pois ela nos ajudará a ter o sucesso, por meio do uso de ferramentas e tecnologias que optimizam a prevenção e administração da cárie” diz o Dr. Gilberto Pucca, Coordenador Nacional de Saúde Bucal do Ministério da Saúde do Brasil. “Nós esperamos adoptar esses recursos no Brasil à medida que trabalhamos com o Ministério da Saúde, a comunidade odontológica, e outros líderes, para garantir que as populações de todos os níveis económicos sejam beneficiadas”.
    Acção Contínua de Saúde Pública – Como próxima acção, a Aliança Global quer continuar a estimular um diálogo com organizações mundiais de saúde, bem como executar campanhas a nível local. Os principais passos futuros incluem:
    § Até 2015, 90% das faculdades de odontologia e associações de dentistas deverão ter adoptado e promovido a “nova” abordagem de “cárie como um problema contínuo”, a fim de melhorar a sua prevenção e administração;
    § Até 2020, os membros regionais da Aliança Global Por Um Futuro Livre de Cárie deverão ter integrado, de forma localmente adequada, com sistemas de prevenção e administração da cárie, devidamente monitorizados.
    § Todas as crianças nascidas a partir do ano de 2026 não deverão ter cárie ao longo de toda a sua vida.
    Aliança Global Por Um Futuro Livre de Cárie – A Aliança Global Por Um Futuro Livre de Cárie foi criada em colaboração com um painel mundial de especialistas em odontologia e saúde pública. Ela é patrocinada pela Colgate-Palmolive, que apoia a melhora da saúde bucal por meio de parcerias com profissionais de odontologia, governos e agências de Saúde Pública, e da gestão do projecto “Sorriso Saudável Futuro Brilhante”, iniciativa de educação em saúde bucal para crianças em todo o mundo. Em virtude da meta de estímulo da acção colaborativa global, a Aliança também busca parcerias com líderes globais e outros stakeholders em nível regional e local – incluindo líderes de países e comunidades, profissionais de saúde e odontologia, comunidades de política pública e educação e a população.
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    Os resultados saídos da reunião da FDI devem repercutir-se sobre as linhas orientadoras e opções políticas de saúde pública dos vários governos. Torna-se imperioso que as autoridades portuguesas de saúde (Ministério da Saúde; Direcção – Geral de Saúde; Ministério da Educação) assumam claramente a cárie dentária como a principal doença infecto-contagiosa que afecta a população portuguesa e estabeleçam, de imediato, metas para o seu eficaz controlo e erradicação.Portugal não pode continuar a ser um parente pobre do terceiro – mundo na Europa, no que se refere aos cuidados de saúde oral prestados pelo Serviço Nacional de Saúde. É inadmissível que, comparativamente a Portugal, haja actualmente países pobres e subdesenvolvidos do Terceiro – Mundo a fazer mais e melhor saúde oral pelas suas populações.
    É tempo de assumir claramente que Portugal tem todos os meios e recursos humanos e financeiros que possibilitem o controlo e a erradicação da cárie dentária; falta apenas a vontade politica para dar o passo certo nessa direcção.

    segunda-feira, 6 de setembro de 2010

    481. Pai do SNS pede outra medicina oral para Portugal

    O socialista e fundador do Serviço Nacional da Saúde (SNS) António Arnaut gostaria que a fatia do Orçamento do Estado para 2011 (OE) para a saúde aumentasse e incidisse nos cuidados continuados e na medicina oral. A um mês e meio de o Governo apresentar a proposta do OE para 2011, António Arnaut diz à agência Lusa ambicionar que a verba para a saúde (cerca de 1/6 do OE, não chegando a nove mil milhões de euros) seja aumentada, mas não apenas para melhorar o SNS.
    Ele tem de ser melhorado, mas pode ser melhorado independentemente das verbas porque há serviços que podem gastar menos e funcionar melhor, advoga. Para o histórico socialista, o aumento devia incidir no reforço da rede de cuidados continuados e paliativos, que já está espalhada pelo país, e na criação de uma outra de medicina oral, que praticamente não existe.Já existem os cheques dentistas para grávidas, crianças e idosos, mas deve-se caminhar para a criação de uma valência de saúde oral, que é muito importante, não apenas para ter dentes bonitos e funcionais, mas para evitar outro tipo doenças, defende.
    Por outro lado, observa o antigo ministro dos Assuntos Sociais, no momento de crise que vivemos, o sector social tem de ser reforçado para compensar as desigualdades que agora se agravaram através do desemprego e de outras situações de precariedade.
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    Estas sábias palavras ilustram o actual panorama desolador da saúde oral em Portugal, da responsabilidade dos últimos governos e com a completa conivência da Direcção – Geral de Saúde e, paralelamente, de grupos instalados com interesses no sector.
    A drástica diferenciação em que hoje vivemos no acesso à medicina dentária entre a burguesia endinheirada e os ilustres governantes do aparelho estatal do regime, em oposição à esmagadora maioria da população votada ao desprezo e sem direitos, faz-nos lembrar que Portugal aproxima-se mais dos países pobres e subdesenvolvidos do que os seus parceiros da União Europeia, em termos de saúde oral.

    sexta-feira, 3 de setembro de 2010

    480. Portugal dá menos aos mais novos que maioria na OCDE

    Relatório coloca Portugal entre os países desenvolvidos que menos investem nas crianças dos zero aos cinco anos. E, regra geral, os menores de 18 anos têm uma qualidade de vida abaixo da média da OCDE, devido a factores como a pobreza e os fracos níveis de ensino.
    Portugal é um dos países da OCDE que menos investimentos públicos canalizam para as crianças até aos cinco anos. O dado consta de um relatório - Childhood Decides -, divulgado por esta organização, do qual se conclui que, regra geral, a qualidade de vida dos menores no nosso País está muito abaixo da média do mundo desenvolvido.
    No que diz respeito aos indicadores do investimento público por cada menor de 18 anos, Portugal surge num grupo de países que investe entre 60 e 70 mil euros por ano. Valores que, sendo dos mais baixos, não serão particularmente negativos tendo em conta o rendimento per capita.
    Os problemas surgem quando se analisa a proporção desse investimento que é canalizada para a franja dos zero aos cinco anos. Precisamente aquela idade em que, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, mais decisivo pode ser o investimento para o futuro destas crianças. Sobretudo quando estão em causa situações de pobreza.
    Neste capítulo - no qual nenhum país tem um desempenho que a OCDE considere aceitável - Portugal aparece entre os que menos investem: das verbas públicas para as crianças, pouco mais de 20% chega aos menores de seis anos.
    Os dados, como assume a OCDE, são baseados no cruzamento de um conjunto alargado de indicadores, nem todos recentes. Medidas do actual Governo - como os reforços da Acção Social Escolar e as verbas prometidas para novos jardins-de-infância - não estarão ainda reflectidas na contabilidade. Mas também foram considerados aspectos como os valores dos abonos de família e os incentivos fiscais às famílias, nos quais os avanços portugueses têm sido tímidos na comparação.
    De resto, quando os menores de 18 anos portugueses são vistos à luz de um quadro mais abrangente - que a OCDE define como "bem-estar" ou "qualidade de vida" das crianças - as conclusões continuam preocupantes.
    No total de seis itens comparados, referentes a três grandes áreas - Padrões de Vida, Educação e Protecção - a situação das crianças portuguesas só é claramente positiva ao nível dos comportamentos de risco. Baixas taxas de consumo de álcool e de tabaco entre os menores contribuem para um sexto lugar entre 30 países.
    Mas em todas as restantes categorias, Portugal surge abaixo de metade da tabela. No "bem-estar material" é 25.º, ao nível do "bem-estar educacional", 26º, e em termos de "qualidade de vida na escola" surge em 21.º lugar.
    A justificar estes baixos desempenhos estão índices como os 16,6% de crianças a viver em agregados familiares pobres. Um valor que, mesmo calculado tendo em conta os rendimentos médios de cada país, só permite a Portugal superar a Espanha, os Estados Unidos, a Polónia, o México e a Turquia. Os crónicos maus resultados dos alunos portugueses nas comparações internacionais são outro contributo negativo.
    Os diferentes indicadores dão ainda conta de um Portugal recheado de anacronismos, em que 85% das crianças crescem com os dois pais mas um terço vive em condições de habitação abaixo do desejável, onde há pouco mortes à nascença mas muitas - sobretudo de rapazes - na adolescência.
    DN Portugal

    quarta-feira, 1 de setembro de 2010

    479. Novo tratamento promete eliminar cáries sem o uso de brocas

    Um novo procedimento chamado Kariesinfiltration, da empresa DMG, promete tratar cáries sem a utilização de brocas. Mas ele pode ser usado apenas em alguns casos, como explica a diretora da DMG, Susanne Stegen. "O procedimento é eficaz no combate à cárie em estágio inicial, aquela que está no esmalte do dente e avançou no máximo até o primeiro terço da dentina. Tudo o que for mais profundo requer, infelizmente, a broca."
    Normalmente o dentista tem duas opções de tratamento: na primeira ele faz uma aplicação de flúor no dente em questão e apela ao paciente para que tenha uma melhor higiene bucal. Depois é esperar para ver ser o pequeno defeito não se torna um buraco de verdade.
    Ou então ele recorre logo à broca para eliminar a cárie ainda em estágio inicial. Nesse caso, porém, partes saudáveis do dente são eliminadas, como explica o dentista Ulrich Schiffner, da Clínica Universitária de Eppendorf . "Nesse caso o problema é que, em buracos que afetam apenas o esmalte do dente ou um pouquinho mais, é necessário primeiro retirar uma parte do dente para poder chegar até onde está a cárie."
    Agora, o novo método oferece a possibilidade de preencher um buraco pequeno sem recorrer à broca e evitar a propagação da cárie para regiões mais profundas do dente. Primeiramente a camada mineral sobre a área defeituosa é eliminada com o uso de um gel, em seguida o novo material plástico, chamado de Icon, é aplicado ainda no estado líquido. Essa substância plástica penetra na matriz do esmalte, graças à capilaridade, e é então, como qualquer outro enchimento plástico, endurecida com luz.
    O procedimento é voltado especialmente para cáries localizadas na região entre os dentes, mas também para pequenos defeitos em superfície lisa, como por exemplo em pacientes que usam aparelho.
    Em toda a Alemanha existem aproximadamente seis mil profissionais que já aplicam o método Kariesinfiltration. O tratamento dura em média 20 minutos e custa entre 80 e 100 euros. O valor não é coberto pelos planos de saúde do país.
    Os primeiros estudos clínicos com o Icon ainda não são conclusivos e baseiam-se, segundo Schiffner, num período de apenas 18 meses. "Esses estudos mostram que, em aproximadamente 75% das superfície dentárias tratadas, as cáries foram eliminadas."