quinta-feira, 30 de outubro de 2008

308) Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto

Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto:

A Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto é uma escola pública de ensino superior universitário que promove a ciência, a investigação científica e a prestação de serviços à comunidade na área da Medicina Dentária e goza de autonomia científica, pedagógica, administrativa e financeira, assume as responsabilidades inerentes à gestão e organização interna e promove a realização e desenvolvimento de protocolos com entidades públicas e privadas nacionais e estrangeiras.
Teve o seu inicio como Escola Superior de Medicina Dentária, criada pelo Decreto-Lei nº 368, de 15 de Agosto de 1976 e entrou em funcionamento em Novembro do mesmo ano, tendo constituído, em Portugal, a primeira instituição de ensino médico-dentário de nível universitário.
A Escola Superior de Medicina Dentária funcionou em instalações provisórias, desde 1976, num pré-fabricado anexo ao Hospital de S. João, até à construção de um edifício próprio, situado na Rua Dr. Manuel Pereira da Silva - Paranhos.
Foi integrada na Universidade do Porto, em 6 de Janeiro de 1989, através da Lei nº 10, de 6 de Janeiro de 1989, que cria a Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto. A mudança de Instalações para o actual edifício ocorreu em 15 de Julho de 1997. A Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto é hoje uma instituição de prestigio a nível nacional e internacional.
O Corpo docente integra presentemente 37 doutorados, sendo 8 Professores Catedráticos, 10 Professores Associados com Agregação, 6 Professores Associados, 10 Professores Auxiliares, 2 Professores Auxiliares Convidados, 2 Professores Auxiliares Convidados a 40%, 5 Assistentes, 2 Assistentes Convidados, 7 Assistentes Convidados a 60%, 6 Assistentes Convidados a 40%, 2 Assistentes Convidados a 30%, 4 Assistentes Convidados a 20%, 6 Monitor e 3 docentes contratados.
A Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto prossegue entre outros fins, os seguintes:
a) Ministrar o curso e conferir a Licenciatura em Medicina Dentária, bem como outros que por lei lhe venham a ser atribuídos;
b) Organizar e ministrar cursos de mestrado, de pós-graduação, de especialização e de actualização nos domínios da sua especialidade, bem como promover a formação académica conducente à concessão do grau de doutor;
c) Organizar e ministrar cursos de aperfeiçoamento de ensino continuado em várias áreas das disciplinas da Medicina Dentária e disciplinas afins e ainda organizar cursos livres de extensão, de reciclagem, de aprofundamento e outros que considere necessários ou úteis;
d) Manter, promover e desenvolver a investigação científica;
e) Colaborar com outras unidades orgânicas, instituições ou entidades que requeiram o seu apoio técnico, científico e pedagógico ou delas receber colaboração, segundo protocolo a estabelecer;
f) Propor e assumir a direcção técnico-científica de cursos para-médicos e técnicos de higienistas orais, assistentes dentários, técnicos de prótese dentária e técnicos de equipamento dentário;
g) Organizar e manter em funcionamento uma consulta externa de medicina dentária, subordinada aos interesses científicos e pedagógicos da Faculdade;
h) Estabelecer formas de intercâmbio, cultural, científico, técnico, pedagógico, colaboração em actividades de interesse comum com entidades públicas ou privadas, nacionais e estrangeiras;
i) Contribuir, no seu âmbito de actividade, para a cooperação internacional, designadamente em relação aos países de língua portuguesa e aos países europeus.
FMUP

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

307) 9ª edição do Mês da Saúde Oral

No âmbito da 9ª edição do Mês da Saúde Oral da Colgate e da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD), que decorre até final de Outubro, a cidade de Coimbra conta com rastreios dentários gratuitos. Desta forma, até final do mês, o distrito de Coimbra tem 60 consultórios a realizar os rastreios gratuitos, sem radiografias nem tratamentos.
No mesmo período, em todo o país são mais de 1 700 profissionais de Saúde Oral a participarem, de forma voluntária, na campanha, que tem como objectivo sensibilizar a população para os bons hábitos de higiene oral. A campanha pretende alertar ainda toda a população para a realização de acções correctas com a saúde oral de forma a prevenir eventuais doenças dentárias.
A campanha Mês da Saúde Oral da Colgate e SPEMD, lançada em 2000, já realizou cerca de 85 mil rastreios dentários gratuitos, assim como corrigiu alguns hábitos que estão a afectar a higiene dentária da população portuguesa. A população que estiver interessada em participar na campanha só necessita de se informar junto dos consultórios aderentes mais próximos do local de residência, ou através da «linha azul» (808 205 206), disponível das 9h00 às 23h00, todos os dias.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

305) Ministro recusa rede nacional de cuidados dentários

O ministro da Saúde rejeitou a possibilidade de criar uma rede nacional de cuidados dentários, que representaria «custos muito altos de financiamento e manutenção», e defendeu as vantagens dos "cheques-dentista", que deverão beneficiar milhares de grávidas e idosos. Em conferência de imprensa após o primeiro debate do Orçamento de Estado para 2008, na Assembleia da República, o ministro anunciou a criação de "cheques-dentista" no programa de saúde oral para grávidas e idosos, mas não revelou o seu valor por não estar ainda negociado com a Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) e eventualmente com a Ordem dos Médicos, no âmbito da actividade dos médicos estomatologistas.
Em entrevista à rádio TSF, o governante explicou que a OMD não recomendou a criação de uma rede nacional, e ao iniciar-se um novo processo, pretende-se que este seja o mais desburocratizado possível. «Estas medidas são financeiramente sustentadas e controláveis», defendeu.
No caso das grávidas, o médico de família do centro de saúde ao identificar a gravidez emite, através de um computador, um cheque para que a mulher faça um rastreio dentário e mais dois para eventuais tratamentos ao longo da gravidez. A estimativa do Ministério da Saúde é que este programa abranja anualmente 65 mil grávidas que são seguidas nos centros de saúde e que se supõe serem as mais desfavorecidas em termos sociais «e para as quais se orientam as prioridades». No sector privado deverão estar a ser seguidas 35 mil grávidas, que não terão acesso aos cheques-dentista.
Os idosos que recebem o complemento solidário, que contam já com uma comparticipação de 75% renovável a cada três anos na compra de próteses, vão agora receber dois "cheques-dentista". No total, e de acordo com os cálculos do ministro Correia de Campos para o próximo ano, o executivo prevê aumentar as verbas do programa de saúde oral de seis milhões para 21 milhões de euros, podendo os "cheques-dentista" ser utilizados em clínicas privadas.
O Ministério prevê também uma aposta no alargamento do programa de saúde oral às crianças entre os seis e os 12 anos, passando dos actuais 66 mil para 80 mil abrangidos. «É muito importante reduzir a cárie que atinge 50% das crianças, o que ainda é um número excessivo, mas já tivemos apenas nove por cento das crianças sem cárie», recordou.
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Para que saiba a verdade e para que ninguém se iluda, é bom recordar as palavras do anterior Ministro da Saúde. Haja coragem para assumir que o actual governo apenas está disponível para oferece bombons em fez de atacar o problema da saúde oral que graça no país.
Até que ponto estão ou não alinhados os interesses privados na área com esta demagógica e atroz política de negação aos mais elementares direitos humanos por parte da população, praticada pelo governo do Partido Socialista?
Gerofil

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

304) Santa Maria da Feira: Programa de Saúde Escolar

O programa de saúde escolar, através da promoção da saúde oral e rastreios visuais é fundamental para prevenir graves doenças, nomeadamente junto das crianças em risco. As parcerias encetadas com os organismos públicos de saúde são exemplo a nível nacional.
O Programa de Saúde Oral é organizado pelo Centro de Saúde de Santa Maria da Feira e o de Rastreios Oftalmológicos pelo Hospital de São Sebastião, contando ambos com o apoio da Câmara Municipal.
No ano de 2008 prevê-se o estabelecimento de uma parceria com a Universidade Fernando Pessoa para a promoção da saúde oral, para que todos os jardins-de-infância e escolas do 1.º ciclo possam ser contemplados com este projecto.
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Por este meio socilita-se o envio para este blogue (tempogero@gmail.com) do ponto da situação relativamente a este programa de saúde oral organizado pelo Centro de Saúde de Santa Maria da Feira: qual foi o público-alvo, que tipo de intervenção foi feito e quais os resultados já obtidos.
Gerofil

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

301) Faculdade de Medicina Dentária de Lisboa (FMDL)

Faculdade de Medicina Dentária de Lisboa
Morada: Cidade Universitária 1649-003 LISBOA - PORTUGAL
Telefone:+351 217 922 600
Fax: +351 217 957 905
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A FMD tem como atribuições:
-Ministrar o ensino respeitante à licenciatura em Medicina Dentária ou outras licenciaturas relacionadas com as ciências da saúde oral;
-Ministrar o ensino respeitante aos bacharelatos em Higiene Oral e em Prótese Dentária;
-Ministrar o ensino respeitante à obtenção dos graus de mestre e doutor em Medicina Dentária;
-Ministrar o ensino pós-graduado e realizar cursos de actualização, de aperfeiçoamento, de extensão universitária ou outros julgados necessários nos domínios da medicina dentária ou das ciências da saúde oral;
-Incentivar e realizar a investigação científica no âmbito da sua especialidade;
-Contribuir para a defesa da saúde pública e o bem-estar da população na área da saúde oral;
-Colaborar com instituições, organismos e serviços públicos ou privados e outras individualidades, no âmbito da sua competência.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

300) Metade dos portugueses não pode pagar dentista

Em declarações à Agência Lusa, o bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas estima que 50% da população não tenha capacidade para pagar uma consulta de medicina dentária privada. Orlando Monteiro da Silva citou um estudo realizado pela Universidade de Liverpool, com Portugal a apresentar «o cenário mais negro na Europa» nos cuidados de saúde oral. A ordem dos Médicos Dentistas escreveu também uma carta ao Ministro da Saúde defendendo a isenção de IVA das pastas dentífricas com flúor, de acordo com uma recomendação da Organização Mundial de Saúde.
«Se a população portuguesa passasse a ter toda acesso aos cuidados de saúde oral, os médicos dentistas provavelmente não chegariam», declarou à Lusa Orlando Monteiro da Silva, bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas. E é em grande parte o facto de não existir oferta por parte do Serviço Nacional de Saúde (SNS) ao nível da medicina dentária que também está a criar um excesso destes profissionais no país. A Ordem lamenta a «ausência de planeamento de recursos humanos».
Segundo as contas da Ordem, metade dos portugueses não têm acesso à saúde oral. «Estimamos que cerca de 50 por cento da população portuguesa não tenha capacidade para pagar sequer uma consulta na medicina dentária privada. Enquanto não houver médicos dentistas nos centros de saúde ou sistemas de concessão, as pessoas estarão excluídas da saúde oral»
Em Portugal, apenas as regiões autónomas têm sistemas de saúde oral a servir os utentes do SNS, com 19 médicos dentistas no sistema público de saúde nos Açores e uma convenção entre o serviço regional de saúde da Madeira e os privados, em que o sistema público reembolsa em parte o custo dos utentes que recorrem a dentistas privados. A Ordem dos Médicos Dentistas também escreveu ao ministro da Saúde a pedir a isenção ou a redução para cinco por cento do IVA das pastas de dentes com flúor, que considera um bem essencial para a promoção da saúde oral. A Ordem baseia-se também numa recomendação da Organização Mundial de Saúde.
Uma pasta de dentes com flúor comprada num supermercado custa actualmente cerca de dois euros e, estando isenta de IVA, poderia ficar em 1,60 euros.
Para não haver o risco de que as multinacionais que fabricam os dentífricos subam os preços para compensar a perda de IVA, Orlando Monteiro da Silva diz que será necessário assumir compromissos públicos com os principais fabricantes, bem como uma monitorização da autoridade da concorrência.
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Infelizmente o estudo não refere se os familiares dos actuais e antigos ministros, deputados, dirigentes políticos, juízes, empresários e afins estão incluídos na percentagem dos portugueses que não têm possibilidade de ter acesso a consultas de medicina oral privada.
No fundo, tudo é político; no dia que entenderem, todos os portugueses poderão ter iguais direitos. Até lá, seremos um país com duas sociedades diferentes, conforme a classe social a que se pertença.
Gerofil

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

299) Análise ao Estudo Nacional de Prevalência das Doenças Orais 2008 (4ª Parte)

A introdução do Estudo Nacional de Prevalência das Doenças Orais 2008
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Na introdução ao Estudo Nacional de Prevalência das Doenças Orais 2008 faz-se referência à “diminuição significativa da cárie dentária em Portugal, especialmente na população infantil e juvenil.” Este facto estará directamente relacionado com a evolução socioeconómica da sociedade portuguesa, nomeadamente com a alteração das estruturas etárias, o alargamento do poder de compra da classe social média, o aumento da população escolarizada e à expansão dos cuidados médicos pelo território nacional.
No entanto, o estudo reconhece que actualmente “a cárie dentária tem uma elevada prevalência e constitui, ainda, um problema de saúde pública, com uma clara distribuição assimétrica” frisando que “as mudanças de comportamento requerem acções integradas de promoção da saúde e prevenção das doenças crónicas, entre as quais se incluem as doenças orais.” Não deixa de ser curiosa esta última análise, onde se alerta para a necessidade de acções integradas no país, algo que infelizmente muito pouco foi feito no nosso país nos últimos trinta anos.
Descreve a introdução do documento de que desde 1986 surgiram programas de promoção das doenças orais destinadas a crianças e jovens, especialmente em jardins de infância e escolas; infelizmente a realidade dos últimos vinte anos mostrou que esses programas foram quase sempre localizados e abrangeram uma ínfima parte do universo infantil e juvenil, descurando a esmagadora maioria dos mais necessitados. Ainda hoje pode-se esperar três anos pela primeira consulta em algumas unidades de saúde publica que oferecem a valência de estomatologia. Portanto, o contributo desses programas sob orientação da Direcção-Geral da Saúde pouco ou raro impacto traduziram na dura realidade vivida no terreno.
Pena é que as boas vontades das campanhas desenvolvidas nestes últimos vinte anos pelos serviços da Administração Central se tenham pautado essencialmente por orientações e práticas meramente teóricas que muitas vezes nunca chegaram ao público-alvo.
Ao ler a introdução do estudo, muitas questões se levantam. Qual a percentagens de crianças e jovens que foram, a nível nacional e entre 1987 e 2005, acompanhadas na toma de fluoretos e na realização de bochechos com uma solução de fluoreto de sódio, efectuado quinzenalmente na escola? 5 %? 25 %? 90%?
Qual foi o número de crianças que, aos 7 aos 13 anos, tiveram a aplicação de selantes de fissura em dentes molares permanentes, no período compreendido entre 1987 e 2005? Qual a evolução do número de higienistas orais que foram integrados no serviço Nacional de Saúde e o número de crianças que lhe foram atribuídas para aplicação de selantes de fissuras nos dentes permanentes?
É muito fácil que os Ministérios da Educação e da Saúde publiquem os números; depois basta dividir pelo universo da população daquelas idades e fica-se a conhecer o verdadeiro impacto dos programas que foram desenvolvidos sob supervisão da Direcção-Geral de Saúde.
A partir de 1999 foi seguida uma estratégia de contratualização de médicos dentistas e estomatologistas do sector privado para “o tratamento de lesões de cárie dentária que a prevenção não conseguiu evitar e a aplicação de selantes de fissura nos mesmos grupos etários, quando os Centros de Saúde não dispunham de higienistas orais” , em crianças dos 6 aos 16 anos. Quais os profissionais que aderiram a esse tipo de programa, onde prestam esse serviço e como é que uma criança ou um jovem pode ser atendido? Já passaram 9 anos desde o início desta estratégia e torna-se premente levar essa informação a todas as escolas do país e passar a informação a quem dela realmente precisa.
Só colocando os programas à disposição dos necessitados é que realmente conseguirmos ganhar a batalha da promoção da saúde oral no nosso país; travar ou esconder informação atira por terra qualquer boa intenção que se pretenda. Utilize-se a televisão pública para dar essas informações todas que, quase sempre, nunca chegam aos nossos estudantes; a boa vontade está nas mãos da Direcção-Geral da saúde e do Ministério da Educação. Ou será que teremos de continuar a partir pedra mais durante vinte anos?