quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

227) Dentistas querem criação do «dentista de família»

Dentistas portugueses propuseram ao ministro da Saúde a criação da figura do «dentista de família», a ser atribuído às crianças à semelhança do médico assistente, uma proposta que por enquanto não foi acolhida, informa a Lusa. A proposta foi feita por dois representantes da Ordem dos Médicos Dentistas integrados no grupo de análise do programa de saúde oral, disse Paulo Rompante, um dos médicos responsáveis.
A ideia consiste em atribuir a uma criança, quando nasce, um dentista que funcione como uma espécie de médico de família para a saúde oral, mas sem integrar os profissionais nos centros de saúde. «Não estamos a propor médicos dentistas para os centros de saúde. A proposta passa por um sistema de convenção», explicou Paulo Rompante, à margem do Congresso dos Médicos Dentistas, que decorre até sábado em Lisboa.
Quanto ao programa de promoção de saúde oral nas escolas, o médico aponta algumas falhas e defende uma reorganização deste projecto, críticas que são acompanhadas por outros clínicos e pelo próprio bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas. A etapa básica e essencial deste programa passa por promover a escovagem diária na escola, o que não está a ser realizado em grande parte das instituições.
«Como o programa foi concebido, só tinham direito a aceder às outras etapas do programa as escolas que promovessem a escovagem diária. Nenhum programa funciona se esta escovagem não for promovida», comentou o especialista. O argumento invocado por algumas escolas de que não têm condições para promover a saúde oral não colhe entre os dentistas.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

226) Dentistas chegam às escolas

Pelo menos 310 mil alunos do ensino fundamental da rede pública devem começar o ano letivo de boca aberta para garantir um sorriso bonito em 2008. Segundo a gerência do programa Dentistas nas Escolas, o edital para contratação da Organização Social que vai oferecer os profissionais de saúde bucal para trabalhar nos colégios, sai até a próxima semana.
Nos planos do governo, dentro de pouco mais de um mês, a escolha da organização capacitada também deve ser anunciada e o serviço poderá ser prestado de imediato. “Estamos trabalhando contra o tempo. Ainda não temos como garantir a data para o início dos tratamentos. Mas, no ritmo que estamos, com certeza será bem antes do final do semestre”, diz o gerente da Pasta, o dentista Reinaldo Maia.
A idéia inicial é contratar cerca de 650 profissionais de saúde bucal (entre dentistas, secretárias, auxiliares e técnicos) para trabalhar nas 123 escolas que abrigam estudantes de seis a 15 anos. Por enquanto, 35 escolas já estão equipadas para atender os alunos e até o final de fevereiro outras 57 engrossarão a lista das credenciadas. As escolas, que funcionarão em período integral, devem ser as primeiras a serem equipadas para o atendimento.
Nestas, a ordem é trabalhar no contra-turno das aulas e nas demais os tratamentos serão agendados no mesmo período das atividades escolares. De acordo com a gerência do programa, a idéia é evitar que os alunos deixem de fazer o tratamento por falta de condução.
O governo quer que até 2010 todas as cerca de 400 escolas públicas do DF sejam atendidas com os serviços do Dentistas nas Escolas. “Nem todas terão consultórios fixos, em alguns casos vamos atender com traillers itinerantes”, explica Reinaldo Maia.
Com o programa, o governo espera diminuir pela metade o índice de tratamentos curativos, mantendo os gastos apenas com prevenção e educação de higiene bucal. “Além de economia no bolso, garantimos auto-estima e saúde ao aluno. O que é muito importante no processo de aprendizagem”, avalia Maia.
Com a iniciativa de levar dentistas para as escolas, o governo vai diminuir também a demanda pelos profissionais nos centros de saúde, ampliando a oferta para idosos, adultos e crianças de zero a seis, fora da faixa etária atendida pela rede pública de ensino. “Se aumentarmos os atendimentos daqueles que ainda não atingiram a idade escolar, quando chegarem nas escolas não precisarão enfrentar tratamentos curativos mais sérios. Ficamos só com limpeza e prevenção”, prevê Reinaldo Maia.
Dentro do projeto governamental, ainda está o treinamento de professores e orientadores educacionais para trabalhar na frente de batalha da prevenção de doenças bucais.“Logo que iniciarmos o ano, vamos oferecer oficinas para qualificar os professores para atuarem em parceria com os dentistas. Já estamos estudando uma maneira de fazer isso sem interferir na rotina das escolas”, garantiu o gerente do programa.
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Será que no Ministério da Educação e da Saúde em Portugal também são capazes de pensar e agir desta forma ? Chega de burocracia e burocratas inúteis para a sociedade e que estão dentro dos ministérios; atribuam essas funções aos professores que estão nas escolas e certamente vão poupar largos milhões de euros no futuro.
Gerofil

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

225) Consultas dentárias a 20 euros

Uma consulta dentária a 20 euros e uma massagem terapêutica a 15 são preços propostos por escolas superiores de Lisboa a quem quer pagar menos por cuidados de saúde e não tem «medo» de ser atendido por estagiários.
«Os alunos estagiários são sempre acompanhados por professores em qualquer tipo de intervenção», alertaram os responsáveis da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa e da Escola Superior de Medicina Tradicional Chinesa para apaziguar quaisquer receios.
Na escola que forma novos dentistas, os estudantes passam por treino pré-clínico em cabeças de bonecos e só depois praticam em pessoas, mas «sempre acompanhados», sublinhou o director da faculdade, António Vasconcelos Tavares.
No leque de serviços oferecidos na clínica dos alunos existem tratamentos preventivos, cirúrgicos, colocação de próteses e aparelhos dentários (ortodontia), higiene oral e até a especialidade de radiologia.
Os preços podem variar desde os cinco euros de uma aplicação de flúor ou um determinado tipo de Raio-X ou 10 euros referentes a uma restauração provisória até 1.450 euros na colocação de uma ponte dentária.
«O que pode acontecer é os tratamentos demorarem mais tempo», alertou o director do estabelecimento, recordando que as funções são desempenhadas por quem ainda está a aprender e por isso os atendimentos também acontecem durante o horário das aulas.
O perfil dos utentes dos serviços abertos ao público vão desde pessoas com dificuldades financeiras, as que pretendem tratamentos com garantia institucional até às que aproveitam o horário mais flexível (que chega a ser até à meia-noite) ou mesmo as condições de estacionamento «muito raras de encontrar em Lisboa», como recordou António Vasconcelos Tavares.
As receitas das consultas são reinvestidas na faculdade e o montante bruto destas iguala ou pode mesmo superar o orçamento estatal. Até Novembro último tinha existido um encaixe de receitas próprias 2,6 milhões de euros.
O número de reclamações tem sido residual e diz sobretudo respeito a tempo de espera e nunca à qualidade, sublinhou Mário Bernardo, vice-director da faculdade.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

224) Inflamações na gengiva podem provocar infarto

BRASIL - Inflamações crônicas na gengiva podem causar infarto do miocárdio. Parece estranho, mas pesquisas feitas pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em São Paulo, mostram que bactérias acumuladas, causadas pela infecção nas gengivas, podem migrar para a circulação sangüínea e afetar as artérias coronarianas. Além disso, as bactérias podem gerar uma maior produção de proteínas que facilitam a adesão de gordura no organismo, o que contribui para as doenças do coração.
Por causa disso, especialistas alertam para a necessidade de uma correta higienização bucal: medidas simples como a escovação de dentes adequada após cada refeição e o uso do fio dental podem ajudar a prevenir o problema. Enxagüadores bucais também controlam o crescimento das bactérias.
De forma indireta, a doença periodontal – como é chamada a inflamação crônica na área do periondonto, que circunda os dentes –, também pode acarretar problemas cardíacos. A inflamação acarreta perda de dentes e, caso não haja uso de prótese, o paciente passa a ingerir alimentos pastosos e geralmente mais gordurosos.
“Ele ganha peso e a obesidade é outro fator de risco para o infarte”, explica o pesquisador e doutor em Farmacologia, Fernando Oliveira. Ele é autor da tese Inflamação sistêmica na doença periodontal e doença cardiovascular, desenvolvida na Unicamp. O estudo feito pelo pesquisador foi apresentado no congresso Europerio em Berlim, na Alemanha e pode ser acessado pelo endereço eletrônico http://www.perio.org/. O especialista explica que hoje cerca de 80% dos pacientes que apresentam doenças do coração têm problemas periodontais. Estatísticas revelam ainda que 75% da população brasileira acima de 25 anos sofre de inflamação crônica das gengivas e 11% da população está propensa a desenvolver doença periodontal.
Além disso, pessoas com mais de 30% das unidades dentárias comprometidas com a doença apresentam maior risco de sofrer problemas cardiovasculares. A enfermidade atinge entre 12% e 15% da população no Brasil. Na forma severa, o índice é de 8%.Causas - Entre os principais sintomas da periodontite, como também é chamada a inflamação, estão vermelhidão e sangramento, além de suspensão das gengivas (o dente aparece mais devido à retração gengival). Na maioria dos casos, não há dor, o que faz com que os pacientes não procurem o dentista de imediato.
“As pessoas devem procurar os dentistas periodicamente, mas em caso de sintomas, e se o quadro já estiver avançado, é bom buscar um especialista na área”, recomenda o pesquisador, lembrando em seguida que postos de saúde odontológica do município podem realizar o encaminhamento.
Durante o tratamento, remove-se a placa bacteriana por meio de raspagem ou líquido para a higiene bucal. Também podem ser ministrados antibióticos que exterminam os causadores da periodontite. Quatro meses após a conclusão do tratamento, o paciente deverá retornar ao especialista para evitar que se formem novas placas bacterianas.
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Este texto vem alertar para os efeitos secundários das doenças da boca. Desengane-se quem pense que ensinar as crianças a escovar os dentes resolve todos os seus problemas de doenças da boca.
Gerofil

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

223) BRASIL: Projeto Sorria chega a Corumbá

O Projeto Sorria é uma entidade filantrópica de direito privado e sem fins lucrativos que presta atendimento médico e odontológico gratuito para as famílias de baixa renda. Depois de atender as carvoarias e o assentamento Mato Grande o projeto chega à cidade.
Criado pelo cirurgião dentista Dr. Nelson Nunes Ferreira em 1986 na cidade de Pedro Gomes (MS), o ônibus consultório do Projeto Sorria é totalmente equipado e viaja pelos municípios, sendo que já atendeu mais de 100 mil pessoas, com uma média de 20 a 30 pessoas por dia. Nelson explicou ao Corumbá On Line que esse projeto tem como objetivo atender e bem servir a quem precisa a custo zero.
“Como profissionais que somos, precisamos contribuir e fazer a nossa parte. Por isso resolvi trabalhar e bem servir aos que não tem condições de ir a um consultório odontológico”. Além de prestar atendimento médico e odontológico, o projeto ainda realiza palestras sobre higiene bucal, educação sexual e DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis).
O projeto conta com dois ônibus e permanece no mínimo 30 dias dependendo da demanda de público, podendo se estender por mais tempo em cada município. E já passou pelos municípios de Anastácio, Bodoquena, Camapuã, Dois Irmão do Buriti, Rio Verde, Bonito e mais onze municípios. Sendo que o outro ônibus encontra-se em Miranda e a próxima cidade a ser visitada será Jardim.
Marina Abrão de Oliveira, moradora do bairro Centro América, levou seu filho Luciano de 7 anos, para receber atendimento odontológico, já que o atendimento no posto do bairro conta com poucos profissionais para atender a demanda. “Para sermos atendidos temos que enfrentar uma fila imensa e muitas vezes o dentista nem nos atende direito”, afirmou ao Corumbá On Line Marina.
Após ter seu filho atendido Marina sai muito satisfeita com o trabalho realizado pelo dentista. “Meu filho nunca foi tão bem atendido e graças ao doutor ele não vai perder o dente, mas teremos que voltar aqui na próxima semana para que termine o tratamento. Todos os dentistas deveriam ser como o seu Nelson, pois ele nem conhece meu filho e o atendeu com uma dedicação e um carinho como se eu tivesse pago”.
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Voluntários em acção por uma boa causa. Que o exemplo seja contagioso e ultrapasse fronteiras, num mundo onde os contrastes sociais entre os ricos e os pobres se tornam cada vez maiores.
Um abraço fraterno aos que, no outro lado do Atlântico, trabalham em prol dos desfavorecidos. Fica a esperança que, cá por Portugal, também o voluntário para com o próximo seja uma realidade.
Gerofil